sábado, 25 de setembro de 2010

Longe de casa

Cinco dias longe da pequena e me surpreendo com o vocabulário que se multiplica a cada dia. Mas a cada telefonema o coração se despedaçava com a frase de quem não compreende muito bem que Belém do Pará não está logo ali:
- Mamãe, vem para casa, vem ficar com a Manu...
(...)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O sapo não lava o pé e não tem rabinho nem orelha

A vida de mãe me trouxe de volta para o mundo, digamos, das artes. Está divertido.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nome: cara de pau

O novo viaduto que substituirá o Vila Rica, ou das Almas tem o nome de Márcio Rocha Martins. Motivo? Esse cara é o fundador da MMartins, construtora da estrutura da ponte. É uma homenagem da empresa, paga com dinheiro público, para o falecido dono.
Espero que o viaduto ganhe um novo apelido que não faça nenhuma alusão a esse distinto senhor nem ao passado que rendeu o das almas.



Abaixo, o post do blog da Sensata

A imprensa mineira anuncia hoje o início do funcionamento do viaduto Márcio Rocha Martins, que substituirá o famoso Viaduto das Almas em Itabirito.
A notícia é sim muito boa, mas é também o início do fim de uma era da imprensa. Imagino que quem trabalhou nos caderno de Cidades em Minas desde 1 de fevereiro de 1957 - últimos 53 anos - fez alguma matéria referente ao viaduto.
Era um assunto meio coringa. Os acidentes foram muitos (o Estado de Minas calcula 75 mortes), assim como os aniversários de acidentes, as promessas de novas obras e as matérias que simplesmente falavam do medo de quem passava por ali. (Eu particularmente fui duas vezes fazer matéria no local sem que houvesse nenhum fato novo)
No caderno especial publicado neste ano, o EM predica da seguinte forma o viaduto ainda no lead: "macabro viaduto Vila Rica, mais conhecido como Viaduto das Almas, no km 592 da BR040, em Itabirito, Região Central de Minas".
A torcida agora é para que os acidentes acabem e os jornalistas possam procurar outras matérias frias em domingos de plantão, pois não terão plantões aquecidos com acidentes fatais na região.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A democracia da infância

Fiquei anos sem ir ao clube. Ia na infância e fui ate uns 14 anos. Agora voltei no pique de mãe.
Foi bacana ver como algumas coisas mudaram. a primeira, que salta aos olhos, é a quantidade de pais cuidando da prole. Em volta das piscinas infantis, os pais brincam com os filhos pequenos quase na mesma proporção que as mães. A própria infra-estrutura do clube é pensada para que toda a família fique reunida perto das piscininhas.
Mas o que mais chamou a atenção foi ver como a infância é democrática. Aquele ditado que não existe mulher feia, existe mulher pobre é verdade, e felizmente não se aplica às crianças. Crianças saudáveis são lindas (ou não) e isso não tem nada a ver com renda familiar. Vi várias mães lindas com indícios claros de intervenções bastante caras (cores de cabelos, lipoaspiração, silicone, muita malhação) com crianças simplesmente normais. Em outras palavras, o dinheiro interfere na beleza depois da infância.