sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Fala, Chico

Eu já nem lembro pronde mesmo que vou
Mas vou até o fim

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Futuro

E quando aquela astronave que tentamos pilotar capota e ficamos no espaço, sem gravidade, e sem ter ideia pra onde ir?

terça-feira, 28 de agosto de 2012

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Vida viva

A vida pode ser tudo, menos linear.
Há sim o tempo do plantio, das tempestades e da colheita. Mas a ordem não é necessariamente esta.
Nem mesmo a colheita costuma ser exatamente o que plantamos.
Há mais. Sempre há mais.
De ervas daninhas a fantásticas evoluções genéticas.
De minhocas a borboletas.
De excesso de sol a inundações.
De erros e acertos.
O que não há é jeito de controlar tudo.
A colheita vem vindo. Quem quer ver?

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A palavra do dia é...


entorpecer
      (en+lat torpescerevtd
    Causar entorpecimento ou torpor a: A aproximação da mor­te já o vai entorpecendo. vint e vpr
    Ficar entorpecido ou com torpor. vtd
    Retardar ou suspender a ação ou o movimento de. vtd
    Impedir o movimento de (os membros). vtd
    Produzir inércia em. vpr
    Perder a atividade, a energia ou a viveza. vpr
    Tornar-se preguiçoso. vpr
    Não correr (o licor). Antôn (acepções 3, 4 e 6): excitar.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

4 anos!


Há exatos quatro anos nasceu a pequena.
Feiticeira, mudou o meu mundo, os meus sonhos, os meus medos, o meu rumo.
Astuta, linda, brava, encantadora, me ensina a cada dia que a vida é feita de doçura e coragem.
Há exatos quatro anos, minha vida tem outro sentido.
Felicidades, minha pequena!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Convenção das bruxas

Ontem foi dia de convenção das bruxas.
Minha tia-avó, outra tia, minha mãe, eu e pequena nos reunimos para arrumar o vestido de Rapunzel da festa de aniversário que está chegando.
Costura, enfeites, histórias de feitiços, sopa de legumes, guerra aos antibióticos e defesa dos remédios naturais. Uma verdadeira convenção das bruxas, acontecendo entre gerações!

Que fique para a pequena a lição de que a vida tem um toque de mágica, que nós mulheres somos um pouco feiticeiras e a sabedoria é construída com o passar dos anos, de bruxa pra bruxa!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ponto pro Bradesco

Cheguei na agência, pronta para disparar a minha metralhadora chega de raiva.
Fui rapidamente atendida.
Rapidamente encaminhada para o gerente.
O gerente logo identificou um erro interno num (não) encerramento de uma conta em 2006.
Resolveu tudo na hora.
Saí em menos de uma hora.
:)

Hoje é dia de Maria

Sábado pela manhã, recebi o telefonema de uma empresa de cobrança, dizendo que querem negociar comigo a minha dívida com o Bradesco porque estourei o cheque especial.
- Cuma? Estourei o cheque especial? Mas nem tenho conta nesse banco!
- Senhora, consta aqui que a senhora fez compras dos valores tais, tais e tais (sendo o último R$2600,00) nos últimos dias.
- EU NÃO TENHO CONTA NESSE BANCO!
- Então a senhora precisa comparecer na agência urgentemente para resolver o seu problema.
- Eu não tenho problemas, minha filha. Alguém está roubando o banco e não tenho nada com isso.
- Sim, senhora, mas isso pode trazer problemas para a senhora.

Enfim, hoje é dia de Maria. Dia de perder serviço, esperar numa fila, provar para o gerente que aquela com todos os meus dados não sou eu. Dia de controlar o desejo de pegar uma metralhadora e disparar na porta da agência. Dia de sorrir amarelo e ouvir várias vezes "claro, senhora!". Dia ainda de ir na delegacia fazer um BO, e de ligar no Banco Central para fazer uma reclamação (essa parte eu gosto!).

Continua...

sábado, 28 de julho de 2012

Declaração de amor

Amo música. Amo o Chico.
Agora vamos aos mortais.
Ouvi Jorge Drexler pela primeira vez num avião da TAM, de Brasília para BH. Fiquei perplexa! O álbum era Eco, que tem a música lançou o nome desse uruguaio charmoso depois de sua música "El otro lado del río" ganhar o Oscar de melhor trilha sonora por Diários de Motocicleta.
Hay más. Drexler sabe falar de coisas tão cotidianas, dando a elas um toque especial.


"Zapato que en unas horas
Buscaré bajo tu cama
Con las luces de la aurora,
Junto a tus sandalias planas
Que compraste aquella vez
En salvador de bahía,
Donde a otro diste el amor
Que hoy yo te devolvería"


Na minha vida, ele deixa um rastro de magia. Um pouco de noctilucas.


"Tenía la edad aquella en que la certeza caduca,
Y de pronto al mirar el mar vi que el mar brillaba con un brillar de noctilucas.
Algo de aquel asombro debió anunciarme que llegarías,
Pues yo desde mis escombros al igual que el mar sentí que fosforecía.
Supe sin entenderlo de tu alegría anticipada,
Un dia entenderás que habla de ti esta canción encandilada."


E uma crença incurável de que a vida se faz no milagre cotidiano.


Dos paseantes distraídos
Han conseguido que el reloj de arena de la pena pare,
Que se despedace.
Y seguir que el rumbo que el viento trace. (mais)






terça-feira, 24 de julho de 2012

O administrador público

Administrador público - função que tem até curso de formação.
Entendo que administrador público é aquele que administra a cidade para o público.


Mas qual público?
Todos!
Como assim todos? Também os mendigos, os preguiçosos, os vândalos? E as pessoas de bem? A cidade tem de ser governada pensando no bom cidadão. Daqui a pouco a cidade vai ser administrada para putas, travestis, pervertidos. Não basta a moda de incluir pretos e gays?

Por mais absurdo que pareça, às vezes tenho a sensação de que essa conversa vai acontecer na minha frente, qualquer dia, nas ruas de BH.

sábado, 21 de julho de 2012

Escolhas, tradições e cada um cada um

Tenho andado muito atenta às questões que envolvem escolhas e tradições, rupturas e reestruturações, sobretudo quando o assunto é a vida das mulheres. Na TV está a nova Gabriela, no Face aparece de um tudo, o Xico Sá nos presenteia com essa crônica sobre a mulher mineira, e o 7x7 reflete sobre a possibilidade de escolhas.
Eu, que sou fruto de uma família tradicional e outra transgressora, fico observando os movimentos e sou convicta de que não existe caminho mais fácil, nem caminho que seja só uma coisa. Há algo mais transgressor atualmente que ser tradicional? Eu não conseguiria tanta transgressão...
Temos um discurso de que tudo pode. Mas convivemos com o racismo, a homofobia e o machismo.
Somos um país laico. Mas ainda vejo olhares estranhos quando declaro ser umbandista.
Educamos a pequena acreditando estar estruturando pilares livres e humanistas. E ela diz que queria ser loira, gosta da Barbie e já fala no príncipe - que parece tão bundão.
Enfim, não existe caminho puro, não dá pra ser uma coisa ou outra e sim uma e outra. Acho que uma, outra e mais um bocado por aí. A gente até escolhe, tenta muito, mas a vida é muito mais.
Eu me sinto uma colcha de retalhos, bordada no interior de Minas, com imagens cosmopolitas, bonequinhos Elvira Matilde, sapatos de grife, tradição, família e revolução.
Uma mistura sem nexo, mas, assim espero, com certo charme e algum sentido. Uma mistura feliz.

domingo, 8 de julho de 2012

Dexter, eu e todos nós

Acabei ontem de ver a 4a temporada de Dexter.
Nunca fui de acompanhar seriados, mas Dexter me pegou. Além do bom ritmo da narrativa - essencial para o gênero - a série levanta questões realmente intrigantes sobre a natureza humana, os instintos, os traços psicológicos, as relações.
Mas a questão que está me queimando a caixola é o quanto o destino marca as nossas vidas. Sim a vida nos invade e decide por nós. É inexorável mesmo a força dos fatos. Mas, e aí? Os impactos duram para sempre? Temos escolha no tamanho das consequências das escolhas do destino? Espero que sim, pelo menos um pouco.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Seta e alvo

Tá, eu devo ser uma chata. Desorientada, certamente. Cansativa também. Talvez, perdida.
Mas é mais ou menos isso. Diz aí Paulinho Moska.


Eu falo de amor à vida,
Você de medo da morte.
Eu falo da força do acaso
E você de azar ou sorte.
Eu ando num labirinto
E você numa estrada em linha reta.
Te chamo pra festa,
Mas você só quer atingir sua meta.
Sua meta é a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.
Eu olho pro infinito
E você de óculos escuros.
Eu digo: "Te amo!"
E você só acredita quando eu juro.
Eu lanço minha alma no espaço,
Você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era.
E o que era?
Era a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.
Eu grito por liberdade,
Você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar.
Eu corro todos os riscos,
Você diz que não tem mais vontade.
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade.
É a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa não te espera!
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?
Sempre a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Lição da pequena

"Perdi meu anel no mar
Não posso mais encontrar
E o mar me trouxe a concha de presente pra me dar"

É mais ou menos isso.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

História brasileira

- Mas o nome da senhora é Jacira ou Jeci?
- Jeci, mas é Jacira.
- Como assim?
- Quando foram me registrar, falaram Jacira, mas o homem escreveu Jeci. Cresci como Jacira e só quando cresci e aprendi a ler, descobri que era Jeci. Mas eu gosto é de Jacira, tá?! Era o nome da minha avó índia.

Um pedaço de qualquer lugar

Astronave

Desde criança sei bem que o futuro é uma astronave que tentamos pilotar. Mas foram poucos os momentos na vida em que pude ver isso com tanta clareza.
A simples oportunidade da mudança provocou outras mudanças e conquistas.
Sei lá em que cidade moraremos a partir da semana que vem, mas sei que, seja onde for, estarei bem perto do maridão, a filhota vai ter mais espaço na minha vida, vou trabalhar com comunicação, e volto a me dedicar ao doutorado.
Bom, deixamos nas mãos do destino importantes decisões, mas, independente delas, fizemos as nossas escolhas.
Que venha o que vier!

terça-feira, 5 de junho de 2012

É bonita e é bonita

Obrigada, obrigada, obrigada!
É tudo o que tenho a dizer à vida, e a esse anjo (só pode ser coisa de anjo) que deu pra me acompanhar!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

33

Os 33 chegaram mostrando que não vieram em vão.
Entendo que maturidade é também reconhecer os limites e fracassos e, principalmente, agir diante deles. Coragem de se ver. Vontade de viver.
Os 33 chegaram trazendo muito mais alegria que os 32. Chegaram com um quê de molecagem, que tem muito de mim. "Mas acontece que eu saí por aí, e aí, larari, larará!"

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Tanto faz

Às vezes me parece que o coração, de tanto esquentar e esfriar, amolecer e endurecer, se alegrar e se entristecer, se acostuma, e chega uma hora em que tanto faz. Nem dói. Nem se anima. Só quer fazer o que parece certo.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Bruxo

"De repente tudo vai começar a pipocar. Vai passar um rio na sua vida. Segura na sua canoa e vai!"

Acho que hoje ouvi o primeiro estouro de pipoco...

domingo, 6 de maio de 2012

A Passagem

Há algumas semanas comprei um tarô (O tarô da deusa tríplice). O objetivo era fazer um exercício de meditação, mas não resisto a brincar de adivinha.
Todos os dias, tiro a mesma carta: A Passagem. Normalmente associada ao sétimo chakra. Sem duvida, é uma dupla que anuncia mudanças fortes, e vindas intensamente.
Textualmente, A Passagem diz:
"Reforma ou mudança de casa, mudança de emprego, abandono de velhas amizades e relacionamentos, início de um novo programa de atividades físicas, casamento, divórcio, gravidez, morte de alguém próximo, recuperação da saúde e doença - constituem algumas manifestações da carta A Passagem ou A Morte em  nossa vida cotidina"
Vislumbro fácil três ou quatro itens dessa lista na minha vida breve.
E se as cartas já estão vendo, é porque a coisa é séria.

domingo, 29 de abril de 2012

Vulcão

Há em mim um vulcão
que nunca dorme
Me rouba as noites
me deixa em alerta
quer sempre mais
Quando explode
lança calor
e muda a paisagem
Às vezes tudo o que quero é que ele pare
Mas quando ele para por muito tempo
É como se faltasse um pedaço de mim

quarta-feira, 7 de março de 2012

Carona de guarda-chuva

Fria era a chuva


E frio estava o seu coração

Caminhava por um descaminho

Até que a chuva

Sobre os seus ombros

Parou

Primeiro sentiu o cheiro

Depois viu com os olhos

E logo com o coração

Aquela carona de guarda-chuva

Era o início de uma paixão

sexta-feira, 2 de março de 2012

Geminiana

Ela era duas:
Ela e a outra
Ela que arruma
A outra que apronta
Ele se apaixonou pelas duas
Mas nem sempre podia escolher
Quando queria a farra da outra
Ela punha tudo a perder
E quando queria ela
A outra queria entreter

sábado, 28 de janeiro de 2012

Deve ser culpa da beterraba

E ontem, enquanto eu servia o meu prato de beterraba e linguiça de frango, a cozinheira do refeitório se aproxima e, querendo fazer um elogio diz:
- Você parece a moça do BBB.
- Mesmo? Quem?
- Aquela de óculos!
Eu me entupindo de beterraba com pepino e ela diz que pareço alguém que tem 50kg só de bunda!!!!!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

do verbo surrupiar

Fui pagar o almoço e comprei um chicletes, uma tabletinho de Trident. Abri e tirei um. Na movimentação abre carteira, pega dinheiro, garda nota etc e tal, não vi, mas caíram dois chicletes.

Saí e vi que o tabletinho estava muito vazio. Voltei ao balcão e vi uma mulher com as mãos sobre o meu chicletes. Parei ao lado dela e fiquei esperando. Roxa de vergonha, ela tirou a mão e eu peguei o chicletes.

A surpresa foi ainda maior quando notei que ela me devolveu apenas um e um outro foi discaradamente surrupiado.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O estupro no BBB

Uma vez, quando eu era solteira convicta, há quase dez anos, eu fui beijada à força numa boate.
Foi um beijo bobo, sem nada de erótico. Um beijo tal qual dei tantos outros, até em caras que mal sabia o nome. Um beijo de balada.
Mas não foi um beijo roubado. Foi um beijo tomado.
Sim, eu estava numa boate. Sim, eu estava ali para pegar alguém. Sim, eu usava uma roupa provocante.
Mas eu nunca quis aquele beijo.
Foi agressivo. Foi desnecessário. Foi horrível.
O ser riu depois de me beijar e levar uns tabefes meus até me soltar.
Eu parei para pensar em que mundo eu estava entrando, a que eu estava me expondo.

Essa história do BBB me lembrou esse caso. A minha única certeza é que acho muito triste tudo isso.
Acho triste o machismo, acho triste a mulher escolher o lugar de objeto, acho triste a obrigação do sim e triste a obrigação do não.

Acho que falta as pessoas se olharem mais.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Cerrado

A ver que me saldrá