domingo, 27 de fevereiro de 2011

Obesidade, a minha doença

Em janeiro fui a um médico que anunciou:
- Você ainda não é obesa, mas chegará lá. Enquanto você for do tipo de gente que fica parada vendo a vida passar, o seu peso aumenta e a obesidade vai chegar.
O sermão foi longo e maior ainda a antipatia que fiquei do sujeito.

Estou num programa de emagrecimento há um mês, numa clínica especializada (não por causa do médico grosso, que fique claro). Sei que esta é apenas mais uma batalha na minha guerra contra a balança e que certamente não será a última, já que meu metabolismo não é muito bacana e isso só vai piorar com o passar dos anos. Mesmo assim, mais uma vez arregacei as mangas e estou na luta. E isso não é fácil, nem simples, muito menos sem consequências.

Não vou entrar nos detalhes da minha vida, nem do funcionamento do meu organismo, mas queria listar algumas coisas pouco ortodoxas, que parecem papo de gorda, mas são verdades para mim.

- Perda de peso não é uma simples matemática (o que você come - o que você gasta = o quanto você emagrece ou engorda). Há aí outros fatores que catalisam essa equação, como o quanto estou feliz, estressada, sem dormir, relaxada. Em outras palavras, essa matemática funciona em organismos equilibrados. Quando estou desequilibrada emocionalmente sou sim capaz de reações incríveis no meu corpo e uma delas é a impossibilidade de perder peso.

- Há momentos na vida em que precisamos reunir forças e uma consequência pode ser o acúmulo de peso (ou força, o que dá mesmo na Física). Isso não é sinal de desleixo, ou preguiça, e sim de foco em algo que precisa ser resolvido.

- Assumir a obesidade deve ser um alívio e não uma pressão. Quem tem problema com a balança vai viver essa realidade a vida inteira. Sendo assim, pra que sofrer por causa do jeans 38? Encontrar o seu equilíbrio e cuidar para se manter na sua meta me parece mais plausível que buscar o que dizem por aí.

5 comentários:

Zilli disse...

;)
Felicidade não tem muita receita, não é mesmo?

Anônimo disse...

O importante é a saúde e o equilíbrio entre o seu bem estar e a mesma. Sei o quanto é difícil. Mas, quando encarar este problema com mais naturalidade e sem "neuroses", com mais calma tudo ficará bem melhor. Acredite. Fica a dica.

Carmem Tristão disse...

eu confesso: estou obesa e completamente infeliz com isso. Já fui muito bonita. Eu tinha um corpo de fazer inveja. Depois de algumas doses de cortisona em virtude de uma crise de asma, minha vida nunca mais foi a mesma... fui ao endócrino, que solicitou exames, inclusive de tireóide, já que na minha família tem histórico. não, não tenho hipotireoidismo. confesso que estava torcendo pra ter. seria uma excelente desculpa pra minha gordice e tomaria remédios para essa doença. é mas o motivo da minha gordice é falta de vergonha na cara, mesmo... alimentação errada e sedentarismo. gosto de malhar, mas onde moro, só tem uma academia e lá não oferece as atividades que gosto (jump, spinning, step). lá só tem musculação. a academia mais próxima fica a 40 km de distância. mas aí vem outra falta de vergonha na cara: eu moro de frente pra praia, numa área do bairro preservada pelo ibama, onde é proibido até ter asfalto. pra caminhar na praia, só preciso abrir o portão. me falta disposição? acho que sim... me falta mesmo é acordar pra vida. estou chegando na casa dos 30 e já vejo que comigo também o metabolismo não é mais bacana... #desabafei

Isadora disse...

Ai, Carmen, acho que a gente tem que começar parando com essa ideia de senso comum que quilos extras são sinônimo de fracasso. Temos que nos entender para, assim, saber exatamente o que é preciso mudar. Beijos

Débora Marotti disse...

Graças a Deus que nao sou gorda...na verdade, durante uma aula sobre disturbios alimentares outro dia, decidi que tenho anorexia...... acredita que quando olho no espelho e me vejo gorda???...
O que a gente nao faz pra nao assumir nossos pecadinhos, hein???....rs