sábado, 18 de junho de 2011

Ser grande para não dar conta

Pequena, tal qual esta escriba, nunca aceita ajuda para as tarefas rotineiras: se veste, come, vai ao banheiro, sempre sozinha. E ai de mim se tento ajudar, pois logo escuto não, é eu!

Assim fui por muitos anos, exatos 30. Mas a maternidade me mostrou que é impossível fazer tudo sozinha. Por mais que estruture a vida para que eu e maridão façamos tudo, um dia chega uma gripe, noutro uma saudade de um boteco com o maridão, noutro um soninho à tarde, sem falar quando bate tudo isso ao mesmo tempo. E quem tem criança sabe que vida de mãe é full time.

Não quero uma babá - afinal já abolimos a escravidão - e não tenho uma rede de apoio para a vida de mãe. Logo vivo exausta, com muita saudade do maridão, torcendo para que eu nunca adoeça, e me perguntando se existe alguma saída pra tudo isso.


4 comentários:

APPedrosa disse...

Dois membros. Minha vida é assim também.

Isadora disse...

Ai, Ana, já que exterminar as feministas do passado não tem jeito, temos que achar uma solução, nem que seja para quando sejamos avós e nossas pequenas possam encontrar uma realidade diferente... Beijos

Ludymilla disse...

Pois é, Isadora! Não há outra vida quando se é mãe de verdade! Mais ainda quando se é mãe, dona de casa, esposa e profissional. E não acredito que haja um futuro diferente. A bem da verdade, acho até que não teria graça... Bjs

Isadora disse...

Ludmylla, acho que nós, mães, temos que montar a nossa rede de solidariedade e apoio. Isso sim é plenamente possível. Beijo