terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O livro da minha vida – O amor nos tempos do cólera

Este post faz parte da blogagem coletiva O livro da minha vida, organizado pela Vanessa, do Fio de Ariadne. Vale muito a pena entrar na página dela e conhecer os outros posts.

 Ele esperou por ela por toda a vida. Enfim se encontraram, já velhos. Florentino Ariza e Firmina Daza não eram exatamente o casal de protagonistas da novela das oito. Eram dos melhores personagens de García Márquez. E eu, naquela época, com uns 13 anos, jamais havia acompanhado uma história assim. Nas descrições mágicas de Gabo eles ganharam cheiros, formas e cores. Fizeram amor num navio, com a doçura que só a velhice tem, e ainda hoje sinto o balanço do mar e os cheiros daquele momento por eles esperado por muitos anos. Cá na minha meninice, tudo o que jamais havia imaginado era um amor assim. Eu lia o livro aos poucos, para que a história não acabasse. E não acabou. Ainda hoje às vezes na rua vejo o Florentino enfeitando a vida e Firmina com sua doce dureza feminina. "O amor nos tempos do cólera" não foi o livro mais inteligente, nem me trouxe perguntas e respostas como o Grande Sertão, mas me enterneceu para sempre. E foi o meu primeiro Gabo!

15 comentários:

Vanessa Anacleto disse...

Opa, obrigada pela participação e tb por indicar meu blog. Este livro é tão lindo tão lindo que aiaiaiaiai.

Abraço

APPedrosa disse...

Eu escrevi que se não fosse "O Tempo e o Vento", "O Amor nos Tempos do Cólera" seria o livro da minha vida. Já li umas três vezes e não me cansarei nunca dessa história linda e mágica. Belíssima escolha.

beijos

Anônimo disse...

Sensacional esse livro!
Parabéns pelo blog!
um abraço
Renata

Sonhos melodias disse...

Outro livro para minha imensa lista. Nossa, to adorando isso tudo! Bem legal sua postagem.
Bjs

Andréa Motta - Conversa de Português disse...

Muitos estão falando de Garcia Marques nesta coletiva. Bom sinal!

Anônimo disse...

Isadora, eu tenho a impressão que gostaria desse livro. Boa indicação.
Um abraço.

Unknown disse...

Isadora
Que linda a sua descrição do livro.
Eu também fico com muita pena quando livro acaba e isso me faz ler várias vezes o mesmo, mas só aqueles especiais

parabéns e boa tarde

Cristiane Marino disse...

Hum adorei a indicação eu já ouvi falar muito desse livro, penso em Lê-lo agora!

Faça-me uma visita, também estou participando.

Beijos

O Lacombe disse...

Isadora,
belo nome, belo blog!
Esse 'O amor nos tempos do colera' eh mesmo um baita livro, fantastico. Belissima escolha para um livro da vida...
beijos

Anônimo disse...

O que me intriga é aquela mulher vestida de branco que aparece no final do livro.

Leia o trecho em que ela aparece:

"O único ser que se avistou do navio foi uma mulher vestida de branco que fazia sinais com o lenço. Fermina Daza não entendeu por que não a recolhiam, se parecia tão aflita, mas o comandante explicou que era a aparição de uma afogada que fazia sinais de engano com o intuito de desviar os navios para os perigosos remoinhos da outra margem. Passaram tão perto dela que Fermina Daza a via em todos os detalhes, e não duvidou de que na realidade não existisse, mas seu rosto lhe pareceu conhecido"

Quem era ela e porque estava ali?

Beijus

Anônimo disse...

Estou amando participar desta blogagem, porque não apenas conhecemos novos títulos de livros como também a forma como os leitores cativos o concebem. E essa é a melhor propaganda no sentido positivo da palavra.

Gostei do seu texto.


Abraços.

Luana! disse...

Exatamente! Se eu não indicasse o livro q indiquei [O Ensaio sobre a Cegueira], O Amor nos Tempos do Cólera seria um dos requisitados.

Aiinn

Helen Marie disse...

Olá,
Cheguei aqui através da lista da Blogagem Coletiva.
Sempre tive vontade de ler Marquez, mas ainda não aconteceu.
Abraços,
Helen

Anônimo disse...

Marquez é realmente genial, mas ainda não li O Amor nos Tempos do Cólera. Fiquei com vontade...

Parabéns e abraços.

Ju Lessa disse...

Oi Isadora
Li este teu post e me lembrei das duas vezes em que li este livro.
Me lembro das lágrimas escorrendo no meu rosto e das tristezas que senti diante do sofrimento de duas pessoas que vagam pela vida sem saber qual rumo tomar e, principalmente, sem saber se as escolhas feitas foram as mais acertadas. “O Amor...” também não trouxe respostas para as minhas inquietudes, mas me trouxe questionamentos, dúvidas, alegrias, tristezas e sofrimentos. E é claro, muitas lágrimas. Lágrimas pelas lembranças dos sofrimentos já passados e pelos sofrimentos que ainda sei que viverei. Me trouxe também dúvida: será que é preciso sofrer tanto para se ter a magnitude do amor? E apenas duas certezas: a de que um dia eu gostaria de sentir um amor tão imenso quanto o que Florentino sentiu por Firmina e a de que um dia gostaria de ser amada da mesma forma. Até hoje não sei se é o melhor livro da minha vida, mas com certeza é o que mais mexe comigo.