Hoje pela manhã me ligou uma moça de telemarketing:
- Bom dia senhora Isadora, entro em contato porque o Itaú está oferecendo um parcelamento para a sua dívida.
- Como é? Eu não tenho nada com o Banco Itaú.
- A senhora tem uma conta corrente.
- Não tenho.
- Tem. A senhora tinha uma conta no Unibanco.
- Eu tive uma conta-salário no Unibanco em 2005 que foi extinta.
- Não foi, senhora, e agora há uma dívida de R$371.
- Eu não tenho conta no Itaú e muito menos uma dívida com o Itaú. Com quem eu converso para resolver isso?
- A senhora tem que se dirigir a uma agência.
- Qualquer agência?
- Sim, senhora.
Fui à agência próxima da minha casa. A primeira gerente não podia resolver o caso e me passou para a segunda gerente.
- Como a sua conta de origem não é nesta agência, não tem como eu resolver o caso. Você tem que ir na agência da rua Espírito Santo e conversar com o gerente de lá.
Peguei o taxi e fui.
A gerente me atendeu e confirmou que a minha conta-salário não foi encerrada à época e que, caso o extrato aponte apenas taxas, ela pode fazer o estorno e cancelar a conta.
- Quanto tempo leva para chegar esse extrato?
- Pelo menos 10 dias.
Enquanto ela falava, fui escrevendo o relato. Quando ela terminou, pedi que desse um visto no relato.
- Não posso assinar.
- Quem pode?
- Ninguém.
- Você pode me dar um comprovante de que eu estive aqui para tentar resolver a situação?
- Não.
- Você pode me dar uma cópia da solicitação deste extrato?
- Não.
- Como eu vou ter garantia de que o me diz é verdade?
- É o procedimento do banco.
- Mas você pode me dar alguma coisa concreta?
- Não.
A novela continua...