quinta-feira, 26 de março de 2009

Futuro do Jornalismo

No dia primeiro de abril - dia do jornalista (não é uma piada!) - o Congresso votará a extinção da Lei de Imprensa e o fim da exigência do diploma. 
Acabar com a Lei de Imprensa - e não atualizá-la - me parece complicado, pois os códigos Civil e Penal deixam algumas questões da prática jornalística muito em aberto e a imprensa precisa de parâmetros mais específicos para não confundir tanto o público e o privado. E me preocupa muito os Civita, da Veja, serem os primeiros a defender o fim da Lei.
Quanto ao diploma, acho que ele deve se fazer necessário pela qualidade dos profissionais e não por norma alguma. Sim, hoje qualquer pessoa compra uma boa máquina por menos de R$1mil e pode fazer um site noticioso ou comercial. A tecnologia está aí, cada vez mais ao alcance de todos. Mas ser jornalista não é isso. 
Ser jornalista é saber o que é informação, é saber o que dizer, para quem e de que forma. Ser jornalista é separar o joio do trigo num mar infindável de fatos em que navegamos a todo momento.  Ser jornalista é saber da importância da informação para a formação de uma sociedade.
Adoro ver o Drauzio Varela no Fantástico e acho que ele apresenta o quadro sobre saúde melhor que ninguém. Tenho pânico dos "repórteres" do Vídeo Show que sabem apenas dizer ao entrevistado que ele é maravilhoso, sem falar nas mocinhas seminuas que apresentam programas de esportes radicais. A diferença entre eles está no trato da informação.
Resumindo, acho que o Jornalismo poderia ser também uma especialização para profissionais de outras áreas. Acho até que o ideal seria um curso de Ciências Sociais mais uma especialização em Jornalismo. 
A minha certeza é que nesse mundo multimídia, com tanta porcaria navegando por aí, um bom profissional da informação faz toda a diferença.

Um comentário:

Anônimo disse...

Já quis fazer Jornalismo, aliás, quase fiz.
Parabéns adiantado pelo seu dia!
Boa semana e bjos,
Paulinha